segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sonho de nós

Nem sei porque de repente lembrei do que não aconteceu, pelo menos não em verdade. Acontecimentos que ficaram na contradição dos fatos, acontecimentos que não ousaram deixar à expectativa. Também não sei dizer porque senti saudade...no fundo eu posso tentar entender:
Me imaginar naquele lugar não mais me apetece, o imprevisível é que quando te vejo sinto falta de quem eu era enquanto conseguia sonhar-te e esquecer dos tropeços até ali. Quanto tempo se passou até eu perder a fé?

Quanta distância existe entre a tarde em que nos conhecemos a manhã da despedida... quem vê ainda pensa que não houve despedida, às vezes até eu me confundo, embora eu saiba que naquele dia eu te deixei e me deixei na boa lembrança que havia de ti. Deixei-me a tal ponto de sentir que jamais me encontraria de novo, simpesmente porque fui mal guardada. Caí no abismo que havia entre eu me doar e tua recepção forjada.

Tentamos nos encontrar quando tudo parecia desfeito, sempre nos encontramos...deve ser o resquício de que nem tudo foi em vão, mas cada novo encontro perco porcentagens do melhor que tinhamos, pois sei que não sou mais a mesma e você sabe também. A disparidade é que eu me perdi, mas nem de longe consigo cogitar a possibilidade de te perder completamente - "sinto que você é ligado a mim, sempre que estou indo volto atrás" - às vezes acho que essa frase também lhe serve, contudo continuamos sendo desiguais, já que eu te busco no sonho e você não passa da objetividade dos atos.

Ontem eu acordei decidida a te abandonar um pouco mais, consegui, fui feliz sem ti. Hoje eu te olhei e senti novamente a dor de imaginar a jornada sem me importar contigo. Sei que estais longe de tudo que eu sonhei pra mim, mas é só na lembrança de ti que eu ainda me encontro, por isso não consigo partir e te deixar...e me deixar...

Um comentário:

Unknown disse...

Em código não vale!!! rs